Sport Club Lusitânia

A Ginga Soccer é a mais recente parceira do Sport Club Lusitânia e a segunda no Canadá, depois da École Sportive Montréal Canada, o que vem ampliar os contatos e dar continuidade ao trabalho que a instituição desenvolve no âmbito do scouting através de ligações estratégicas cujo objetivo é a detecção de novos talentos.

“Nós continuamos a implementar a marca Lusitânia pelo mundo inteiro. Já temos uma parceria no Canadá e agora esta surge como mais uma “semente” que temos cultivada no mercado canadiano, mais propriamente em Toronto, cujo trabalho integra estágios, scouting e angariação de novos talentos”, salientou o Presidente do Sport Club Lusitânia, Luís Carneiro.

No âmbito desta mais recente parceria com a Ginga Soccer, o Sport Club Lusitânia recebeu três jovens, nomeadamente Nicolas Linares, Christian Heene e Diego Nunes (Sub 19 – 2004), em contexto de estágio com as equipas do Clube, o que, segundo o líder dos verdes e branco da Rua da Sé, demonstra na prática a implementação da estratégia de recrutamento da instituição sediada em Angra do Heroísmo.

“Os jovens vêm cá para ter experiências diferentes no futebol numa perspetiva de ambiente profissional, de modo a que possam evoluir. E, claro, ficam na nossa base de dados”, sublinhou Luís Carneiro.

O Presidente do Sport Club Lusitânia acrescentou que este tipo de trabalho permite sempre que o Clube, através da sua estrutura de scouting, consiga acompanhar a evolução dos jovens, uma vez que “é feito um relatório detalhado sobre cada um deles no final da semana ou das semanas de trabalho”.

A título de exemplo referiu Malcom Simmons, vindo da École Sportive Montréal Canada, ex-atleta do Sport Club Lusitânia e atualmente a envergar a camisola do Benfica.

A ligação com a Ginga Soccer é mantida com Kevin de Serpa, antigo atleta do Sport Club Lusitânia, filho de pais açorianos, o qual treinou Lucas Dias do Sporting CP.

Neste sentido, David Nunes, pai do jovem atleta Diego Nunes, enalteceu o nível de experiência e o potencial no futebol praticado na Ilha Terceira, considerando que “existem diferenças em relação ao Canadá onde a estrutura e a dinâmica não são tão expressivas”, e, por isso, o trabalho do Kevin de Serpa e a sua ligação ao Sport Club Lusitânia “torna-se ainda mais importante e fundamental”.

“Ter estes jovens aqui é importante para que eles também percebam para onde devem direcionar os seus objetivos no sentido de quererem investir no futebol. Estou muito feliz de fazer parte deste projeto”, afirmou David Nunes na sua passagem pela Terceira, referindo que, apesar de ter conhecido a ilha pela primeira vez, sentiu-se em casa.

“Tenho descendência açoriana e só conhecia São Miguel. Sinto-me em casa aqui e agora estou num Clube com 100 anos de história que ainda tem muito para oferecer”, sublinhou.

Também Monique Heene, mãe do jovem atleta Christian Heene, considera a experiência “fantástica” e “uma grande oportunidade” de crescimento e desenvolvimento para o seu filho na qualidade de futuro jogador de futebol.

“Estou muito grata. Esta experiência começa no Canadá, através do Kevin de Serpa, e agora chega aos Açores, no Lusitânia, onde será possível alcançar outros patamares no crescimento e desenvolvimento destes jovens atletas”, disse.

Quanto aos próprios jovens talentos, a sua posição é unânime no sentido em que os três consideram estar a viver uma experiência “deveras gratificante”.

“É uma boa experiência uma vez que venho do Canadá onde o futebol é muito diferente, bem como a competição e os treinadores. Estou a aprender muito sobretudo porque jogar com jogadores que sabem mais do que tu permite-te evoluir. Assim vou perceber o que tenho de melhorar no meu desempenho enquanto jogador”, disse Diego Nunes.

Do mesmo modo, Christian Heene destacou a diferença da modalidade no Canadá e nos Açores/Portugal, referindo a intensidade em campo dos jogadores com quem teve oportunidade de partilhar muitos momentos nos treinos do seu estágio.

“Os jogadores são bastante “agressivos” e com muito poder de remate”, observou o jovem canadiano. E acrescentou: “também gosto da ilha e da história da cidade de Angra do Heroísmo”.

Nicolas Linares também enalteceu a beleza da Terceira e dos Açores e o facto de nunca ter estado antes numa ilha no meio do oceano Atlântico, o que, na sua perspetiva, engrandece toda a sua experiência no contexto do projeto e do trabalho desenvolvido pelo Sport Club Lusitânia.

“Fui muito bem recebido pelos jogadores. A maioria fala inglês, mas mesmo aqueles que não falam inglês tentaram sempre comunicar comigo e contribuir para que me sentisse em casa. Aqui fala-se muito sobre futebol desde o momento em que entramos na carrinha até ao regresso a casa. É outro estilo de vida. Fantástico”, declarou.

É de referir que, depois das parcerias em países de África e América Latina, no contexto do scouting e da deteção de novos talentos, o Sport Club Lusitânia recebeu na Terceira há poucos meses um “scouter” representante de uma empresa da Estónia, o qual marcou a abertura de portas à Europa do Norte.

Dezembro 2, 2022